O presidente da Câmara Municipal de Celorico de Basto reafirmou esta sexta-feira (31), em contexto de tomada de posse para novo mandato, que o concelho vai ter nos próximos quatro anos «o maior investimento público e privado da sua história», uma «afirmação forte e um grande compromisso» que, desta feita, fez questão de justificar.
Assim – disse – são três as razões fundamentais em que alicerça a sua convicção, desde logo o facto de, até 2030, ser imperativo aplicar os fundos do “PRR” e do quadro comunitário de apoio, porque «não teremos uma nova oportunidade» para investir assim.
Em segundo lugar, porque durante os últimos quatro anos, o município elaborou um conjunto de projetos e planos «que só agora têm a maturidade para serem concretizados». «Temos já hoje muitos projetos em curso, de natureza pública e privada, e serão muitos mais os que vão aparecer a curto prazo», disse.
José Peixoto Lima – que tinha na sua frente, entre os convidados, vários autarcas da região e dirigentes da administração pública – relevou, para justificar aquela sua afirmação, o facto de terem sido criadas «condições para estimular o investimento privado no concelho», designadamente a revisão do plano diretor, que permitiu aumentar os espaços edificáveis no concelho em mais de 20%. «Aumentamos não só os sete parques empresariais existentes, como foram aumentadas generosamente as áreas das zonas industriais tradicionais», realçou.
O autarca social-democrata – que assim iniciou um segundo mandato, agora com uma maioria alargada de cinco vereadores – salientou igualmente o quadro fiscal atrativo, com o IMI no valor mínimo e uma derrama zero. «Criámos um gabinete de apoio ao investidor; temos incentivos diversos à localização de empresas e estamos a criação condições, no que respeita à habitação, para fixar população jovem no concelho», disse.
Segundo o presidente da Câmara de Celorico de Basto, não será por falta de terrenos e de apoio municipal que os investidores não se vão instalar neste concelho, o que o leva a pensar que «serão muitos os que o vão fazer».
Referiu-se então à recente apresentação de duas unidades autónomas de gás natural no concelho, um investimento da empresa concessionária da ordem dos cinco milhões de euros, que, além de tudo o resto, permite também «acompanhar a crucial rota da descarbonização».
Neste contexto, Peixoto Lima fez também questão de abordar um dos temas mais polémicos da antecedente campanha eleitoral: o licenciamento de superfícies comerciais na vila-sede. «Há processos muito adiantados para duas delas se instalarem no concelho a curto prazo; quero aqui afirmar que nunca criámos, nem vamos criar, qualquer obstáculo para que isso aconteça, nestas como noutras», afirmou.
Para o autarca, esta atitude «será benéfica para os consumidores, para a economia local e fonte geradora de emprego». «Quero, a este propósito, afirmar aqui com veemência que estaremos sempre do lado de todos os celoricenses na defesa dos seus interesses… De todos, todos, todos», insistiu.
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