O arcebispo de Braga disse este domingo (14), em Celorico de Basto, que «todos somos poucos para testemunhar o Evangelho» e que «não podemos viver dos rendimentos do passado»: «alguns desistem perante as dificuldades do presente, mas há um futuro que é muito melhor do que qualquer passado».
José Cordeiro falava durante a celebração de encerramento da visita pastoral a este arciprestado, na igreja do Mosteiro de Arnoia, visita que, durante um mês, trouxe também às várias comunidades locais os bispos-auxiliares Delfim Gomes e Nélio Pita.
Durante a homilia, o prelado aproveitou o facto de estar numa paróquia dedicada a São João Batista para se referir «àquele que soube ocupar o seu lugar», «figura eloquente do tempo do Advento, como Isaías e a Virgem Maria».
«João Batista tem uma característica muito especial, ele podia ter sido aquilo que o povo queria que ele fosse, mas foi capaz de dizer que o não era. Ele era a grande estrela daquele tempo, Jesus nem sequer era conhecido. Ele é que era o conhecido das autoridades e do povo e queriam-no proclamar como messias, mas disse “não sou eu”», lembrou José Cordeiro.
A alusão às escrituras procurou chamar a atenção «para impaciência com que cada um vive o seu dia-a-dia». «Às vezes cansamo-nos de esperar, começamos logo a julgar, criamos preconceitos, criamos explicações, inventamos histórias», disse.
A celebração foi acompanhada por um grupo coral interparoquial e registou a presença de todos os elementos do clero do arciprestado, bem como de vários autarcas locais.









