Andam de candeias às avessas as relações da autarquia local com a paróquia de Arco de Baúlhe, designadamente no que concerne à gestão de interesses do recém-instituído santuário da Senhora dos Remédios, no coração da vila.
O episódio público mais recente surgiu esta quinta-feira (12), quando o santuário tornou pública uma nota para esclarecer que não foi por qualquer tomada de posição do seu reitor – que não aconteceu – que o templo ficou sem ornamentações natalícias, contrariando o habitual.
A nota – dizia-se – pretendia anular «a mentira» alegadamente posta a circular pelos responsáveis autárquicos de que se não foram ornamentados os espaços do santuário, designadamente a sua fachada, foi porque o seu reitor – e pároco – não quis.
De acordo com esta tomada de posição pública, o padre Rui Marques de Araújo solicitou à câmara municipal informação sobre as razões por que não tinha sido iluminada a fachada do santuário, como era habitual.
Aliás – diz – a fachada serviu para segurar os fios que suportam as ornamentações natalícias da rua, mas ninguém deu conta ao reitor do santuário dessa pretensão.
Da câmara – adianta – veio a resposta de que se o templo não foi ornamentado com as luzes natalícias é porque fora comunicado ao município que o reitor não quiz. Ora, diz, ninguém consultou o reitor.
Este tipo de comportamento – diz fonte da paróquia – apenas pretende «deixar ficar mal a Igreja de que o padre Rui Marques de Araújo é o responsável».
O Terras de Basto não conseguiu fazer o contraditório em tempo com o presidente da Junta da União de Freguesias de Arco de Baúlhe e Vila Nune, mas mantém toda a disponibilidade para tornar pública a sua versão sobre este assunto. [JPM].