Segunda-feira, Outubro 20, 2025
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Cabeceiras: intervenção na praia de Cavez revolta ex-autarca

«Quando pensávamos que a Praia Fluvial de Cavez já tinha atingido o fundo do poço – entregue ao abandono, com infraestruturas degradadas e uma sensação de desleixo generalizado –, eis que surge uma novidade digna de registo: uma sirene de aviso de descargas da barragem de Daivões, instalada, nada mais, nada menos, do que em plena praia». A denúncia é de Rui Rego Machado, ex-autarca da localidade.

De acordo com a nota pública, «um autêntico mamarracho» está a ser instalado «naquilo que resta de uma área que já foi um dos maiores atrativos da freguesia». «Como se a poluição visual não fosse suficiente, junta-se agora a poluição sonora, para garantir que ninguém ali tenha um momento de paz», diz.

As perguntas que se impõem – diz o ex-presidente da Assembleia de Freguesia – é: «não havia outro local nas imediações para instalar esta maravilha da engenharia dissonante? Será que a câmara municipal de Cabeceiras de Basto e a junta de freguesia de Cavez se deram sequer ao trabalho de ponderar a localização?».

Interrogando-se ainda sobre se será «mito ou milagre», Rui Rego Machado traz à colação o anunciado projeto de revitalização daquela zona de lazer, «plano que, à semelhança de tantas promessas políticas, parece destinado a existir apenas em papéis esquecidos numa gaveta ou como tema de conversa em cafés» e, «enquanto isso, a Praia Fluvial de Cavez definha».

Refere-se também à reconhecida Pista de Pesca Desportiva da localidade, «outra infraestrutura em tempos referida com orgulho», que, «também ela jaz ao abandono, tal como os interesses dos cidadãos que, em teoria, as entidades públicas deveriam defender».

«Será que a câmara e a junta estão demasiado ocupadas com outros assuntos de “maior relevância”? Talvez a proximidade das eleições autárquicas as acorde, mas até agora nem isso parece ter sido suficiente», afirma.

Para o ex-autarca, está na hora de questionar abertamente as autoridades responsáveis: «qual o plano real para a freguesia de Cavez? Será que vamos continuar a assistir a uma gestão que parece estar mais preocupada em criar problemas do que em resolvê-los? É preciso que a população se manifeste, que exija explicações, e que demonstre que Cavez não é terra de gente que aceita tudo em silêncio».

Para Rui Rego Machado, «Cavez merece mais» e «merece melhor». «Não podemos continuar a tolerar o desinteresse, a desorganização e a falta de visão que nos conduziram até aqui. Afinal, quem será o próximo a ouvir a sirene? Talvez sejam as entidades responsáveis, a serem finalmente alertadas para o desastre que ajudaram a construir», conclui. [Redação].

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