Os socialistas de Cabeceiras de Basto vão nomear segunda-feira (16) o atual presidente de câmara como o seu cabeça-de-lista às eleições autárquicas do próximo ano, o que acontece durante uma reunião da comissão política concelhia agendada para as 21h30, apurou o Terras de Basto.
Depois da «análise da situação política local» e da «política nacional» os membros daquela estrutura concelhia são chamados a pronunciar-se sobre a «nomeação do candidato à câmara municipal» (sic) em 2025.
O nome que vier então a ser escolhido – não é conhecido, além de Francisco Teixeira Alves, outro pretendente com condições de se impor perante a atual composição da comissão política – será indicado à estrutura federativa, que pretende concluir em breve a divulgação pública do nome dos seus candidatos no círculo eleitoral.
A federação do PS/Braga – recorde-se – tornou pública esta semana o nome dos candidatos nos concelhos onde o partido não exerce o poder, como é o caso de Celorico de Basto, para onde foi referido o nome de Eugénio Fernandes Carvalho, e de Amares (Pedro Costa), Esposende (Pedro Leite), Vieira do Minho (Filipe Oliveira) e Vila Verde (Filipe Silva).
Já o havia feito relativamente ao designado quadrilátero urbano, onde a principal novidade foi mesmo a candidatura de António Braga em Braga, que se juntou assim a Armandina Saleiro, em Guimarães, Ricardo Costa, em Guimarães, e Eduardo Oliveira, em Famalicão.
Em Cabeceiras de Basto, o atual presidente da câmara manifestou cedo, publicamente, o interesse em tentar ser eleito mais uma vez, o que lhe é permitido por lei, tendo em conta que o seu primeiro mandato resultou da renúncia do então eleito Serafim da China Pereira.
Depois de ter recebido a câmara em dia de aniversário, o autarca em exercício declarou em entrevista ao Diário do Minho a 26 de fevereiro passado, o desejo de voltar a ser candidato, facto que se resultasse em vitória lhe daria a possibilidade de estar na presidência do município 14 anos, ou seja, mais 2 anos do que o que a lei permite em circunstâncias normais.
Comissão de acompanhamento
De acordo com as fontes partidárias consultadas por este jornal, além da «nomeação» do candidato à câmara, os socialistas cabeceirenses vão conhecer segunda-feira (16), altura em que lhes será apresentada, a chamada «comissão de acompanhamento do processo eleitoral autárquico 2025».
Tendo em conta os sinais dados pela atual liderança partidária, as fontes referem que tal comissão deverá ter uma composição restrita, «à base do gabinete da presidência» camarária, designadamente o presidente do executivo, o vice-presidente (que lidera a concelhia socialista), um assessor e «um presidente de junta», não se sabendo qual dos autarcas de freguesia será chamado a participar neste “inner circle”.
Tal como o Terras de Basto tem noticiado, o bloco socialista assente no poder municipal continua a alimentar «o namoro» com o movimento independente “IPC”, designadamente com o seu fundador, com a óbvia intenção de formalizar um acordo eleitoral que possa beneficiar as partes e que permita, intencionalmente, a candidatura de Jorge Machado à Assembleia Municipal ou, pelo menos, a integração do atual segundo vereador daquele movimento, Hélder Vaz, na lista de candidatos socialistas.
Enquanto não é tornada pública a forma como o entendimento entre as partes vai ser apresentada ao eleitorado, o “IPC” – dizem as nossas fontes – está a trabalhar nas freguesias onde ainda são poder – Cavez e Pedraça –, tendo praticamente alinhada a constituição das respetivas listas autárquicas.
De acordo com o «namoro» que a dupla socialista Francisco Alves/Fernando Basto mantém com o histórico líder daquele movimento, Jorge Machado, o PS não apresentará candidatos nestas freguesias, circunstância que – garantiu fonte da comissão política – está a criar um notório mal-estar junto daqueles que deram a cara nas listas do PS nas duas localidades, assim preteridos sem qualquer explicação. [JPM].