O atual administrador do Banco de Portugal e ex-ministro das Finanças, Mário Centeno, vai estar em Celorico de Basto a 11 de outubro (10h00), no auditório do Centro Cultural Marcelo Rebelo de Sousa, para uma aula-aberta sobre literacia financeira, iniciativa do Agrupamento de Escolas.
O convite da direção do agrupamento – «a que acedeu prontamente», soube o Terras de Basto — decorre do plano de atividades da unidade curricular de literacia financeira, área considerada cada vez mais essencial para formar cidadãos financeiramente conscientes, preparados para enfrentar os desafios económicos do futuro.
Ao fornecer essas ferramentas desde cedo, o sistema educativo promove uma sociedade mais equilibrada, reduzindo desigualdades e incentivando uma economia mais forte e resiliente. A introdução de tópicos financeiros nos currículos escolares é, assim, um passo necessário para criar cidadãos mais informados e capazes de tomar decisões financeiras responsáveis, sustentáveis e saudáveis.
A literacia financeira – refira-se – é a capacidade de tomar as melhores decisões sobre a vida financeira de cada um de nós, permitindo-nos lidar com o dinheiro desde que começamos a trabalhar e a receber o salário. Permite, assim, a aquisição e desenvolvimento de conhecimentos e a capacidade fundamental de tomada de decisões, relativamente às finanças pessoais e deve ser trabalhada o mais cedo possível.
A aula aberta proposta ao ex-governante Mário Centeno tem, assim, objetivos como o de «contribuir para compreensão e dimensão económica da realidade social, descodificando a terminologia económica, atualmente muito utilizada», ou «promover a aquisição de conhecimentos e o desenvolvimento das competências necessárias para que os alunos sejam cidadãos financeiramente responsáveis».
Pretende ainda «envolver os alunos, visando estimular atitudes e comportamentos que levem a tomada de decisões esclarecidas e responsáveis».
Quanto a Mário Centeno, da sua experiência profissional recente destacam -se, além de governador do Banco de Portugal, o exercício de funções como Ministro das Finanças do XXI Governo Constitucional (2015 -2019) e de Ministro de Estado e das Finanças do XXII Governo Constitucional (2019 -2020).
Foi eleito presidente do Eurogrupo para o mandato compreendido entre 2018 e 2020. Nesta qualidade, exerceu ainda funções como presidente do Conselho de Governadores do Mecanismo Europeu de Estabilidade.
Foi membro do Conselho de Ministros das Finanças do G7, em representação da Área do Euro, e do G4, na sua reunião de ministros das Finanças e governadores dos bancos centrais das quatro maiores economias mundiais (2018 -2020).
Desempenhou ainda o cargo de acionista por Portugal junto do Fundo Europeu de Estabilização Financeira. Foi o representante da área governativa das Finanças nas reuniões ministeriais da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, bem como nos Encontros Anuais e de Primavera do Fundo Monetário Internacional e do Grupo do Banco Mundial.
Antes de desempenhar as funções de Ministro das Finanças e de presidente do Eurogrupo, foi diretor-adjunto do Departamento de Estudos Económicos (2004 -2013) e consultor do Conselho de Administração do Banco de Portugal (2013 -2015).
É professor catedrático da Universidade de Lisboa e da Universidade Nova de Lisboa. No âmbito da sua atividade académica, é autor de publicações em várias revistas científicas nacionais e internacionais.
Diz fonte do Agrupamento de Escolas de Celorico de Basto que a sua participação nesta iniciativa «é um estímulo para toda a comunidade escolar». [Redação].