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Cabeceiras: Barreto promete deixar governar, mas sob fiscalização

Joaquim Barreto, que liderou uma candidatura à presidência da Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto nas autárquicas de 12 de outubro, reuniu esta quinta-feira (30) os seus apoiantes para lhes dizer o que vai fazer a partir de agora: «vamos deixar governar quem venceu as eleições, com respeito pelas regras democráticas, mas com atenção e responsabilidade no acompanhamento e na fiscalização da sua ação».

Com casa cheia em Olela, Santa Senhorinha, o histórico socialista – que interrompeu a sua militância para o efeito – adiantou que os tempos próximos devem ser aproveitados para o movimento que instituiu se organizar, para refletir e para se preparar para o futuro.

«Este deve ser um tempo de consolidar a nossa associação, de crescer em ideias e de fortalecer este movimento cívico, que queremos cada vez mais aberto à sociedade, mais inclusivo e mais participado; procedendo deste modo, estaremos a revelar maturidade democrática, serenidade política e sentido estratégico de futuro», sublinhou.

O ora eleito vereador – que, com Pedro Sousa, representa, esta sexta-feira (31), o movimento “Servir Cabeceiras” na primeira reunião do executivo municipal – diz que «o caminho é difícil», correspondendo a «quatro anos na oposição, com desafios, obstáculos e aprendizagens».

«Não esperamos facilidades. Sabemos bem que o poder atrai e quem o exerce tem sempre vantagens. Mas nós temos uma força maior: a do carácter, da verdade, da coerência, do trabalho e da dedicação ao serviço das pessoas da nossa terra», reafirmou.

Fazendo, contudo, questão de enfatizar que o seu movimento «não está contra ninguém», Joaquim Barreto reafirmou a intenção de fazer «uma oposição respeitosa, responsável, construtiva e positiva», «uma oposição que fiscaliza com rigor, mas que propõe com sentido e que contribui com espírito de missão».

«Apoiaremos o que for bom para Cabeceiras e denunciaremos o que for contrário ao interesse público, sempre com respeito, com serenidade e com firmeza. A Associação Servir Cabeceiras é muito, muito, muito mais do que um projeto político. É uma plataforma cívica, com valores humanos, democráticos, sociais, culturais e ambientais. É um espaço de encontro e de diálogo, onde se debate, se aprende, se cresce e se constroem soluções para o futuro», insistiu.

Repetiu, de igual forma, a intenção de «estar próximo das pessoas», prometendo um caminho que exige cinco substantivos: «confiança, proximidade, responsabilidade, resiliência e resistência». «Confiança em nós próprios, no que somos e no que fazemos; proximidade, para nunca perder o contacto com as pessoas; responsabilidade, para honrar os compromissos assumidos; resiliência, para não desistir perante as dificuldades; e resistência, para aguentar o tempo, porque o caminho é longo, mas é o caminho certo», explicitou.

Com este comportamento, espera «continuar a ganhar o respeito e a admiração da sociedade cabeceirense» e que mais pessoas se lhe juntem, até porque a intenção é continuar «a semear com humildade» para que «um dia os cabeceirenses reconheçam neste projeto um exemplo de caráter e de serviço à sociedade».

Numa extensa intervenção, Joaquim Barreto – que pediu um brinde à amizade – fez questão de dirigir «palavras de reconhecimento e de estímulo» aos jovens, aos ativos, aos desempregados, aos idosos, e às mulheres.

No início da sua intervenção, referira-se aos resultados eleitorais de 12 de outubro, que não foram para o movimento por si liderado «os desejados, mas os melhores possíveis num contexto de dificuldades, nomeadamente a falta de estruturas nas freguesias, candidaturas às juntas, o pouco tempo de que dispôs e a disputa com duas máquinas partidárias alavancadas em poderes públicos, uma com o apoio da administração central/governo, e a outra com o apoio do poder municipal, câmara e algumas juntas de freguesia».

«Mas o mais importante não são só os números; o mais importante é o respeito e a admiração que conquistámos», disse Joaquim Barreto, concluindo depois a citar Jorge Palma para vaticinar que, «enquanto houver estrada para andar, a gente vai continuar». [JPM].

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