Quinta-feira, Novembro 21, 2024
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Câmara de Cabeceiras com «aumento significativo» de gastos com pessoal

A Câmara de Cabeceiras de Basto registou no primeiro semestre deste ano um «aumento significativo de gastos com pessoal», mais 22 por cento, e, embora parte das verbas em causa possam até ser justificadas com a transferência de competências, não lhe é alheia uma alegada «sofreguidão na contratação pública que se tem verificado nos últimos tempos».

O alerta foi lançado pelo líder da oposição, Manuel António Teixeira, a propósito das demonstrações financeiras semestrais submetidas à apreciação da vereação na reunião camarária de sexta-feira (25).

«Analisando os documentos que nos foram apresentados sobre este ponto, para conhecimento, verifica-se que o município continua altamente dependente do ponto de vista económico das transferências do Estado Central», dependência que aumentou «de 63% para 65% num ano».

«Ainda que exíguo», os vereadores da coligação PSD/CDS congratulam- se com o equilíbrio orçamental demonstrado, bem como «com o nível reduzido do passivo», mas lamentam «que o resultado líquido deste semestre, apesar do aumento das transferências correntes e subsídios de exploração do Estado Central em 11%, seja mais uma vez negativo em 720.000 euros».

«Mais uma vez, verificamos um baixo nível de execução das despesas de capital, o que corresponde ao que todos os cabeceirenses conhecem e reconhecem: falta de investimento, estradas ao abandono, investimento adiados, mas festas não faltam», acusa Manuel António Teixeira, na declaração a que o Terras de Basto teve acesso.

Um questão concreta volta, entretanto, a preocupar os eleitos da coligação de Direita: «o elevado valor de dívidas pelo fornecimento de água»: 143.127,69 euros.

Citando o auditor das contas municipais, os sociais-democratas invocam a cooperativa de capitais maioritariamente públicos “Basto Vida”, para sublinhar que «há a necessidade de aprimorar os procedimentos de controlo interno na área do crédito, quer em termos de integrações automáticas entre os sistemas operacionais e a contabilidade, quer em termos de procedimentos regulares de validação e conferência, com vista a garantir um maior rigor e tempestividade na informação, para além de garantir a respetiva integralidade».

Quanto às contas do Município, o auditor também coloca reservas – realçam –, indicando «limitações quanto à plenitude e rigor dos registos contabilísticos referentes aos ativos não correntes e correspondentes subsídios de investimento».

«Deste modo, consideramos que ainda não nos foi possível reunir prova de auditoria suficiente e apropriada para apurar e quantificar a eventual necessidade de ajustamentos no ativo, passivo, património líquido …. Bem como os correlativos efeitos em resultados transitados e resultado do período…», citam o auditor.

Desta forma, o líder da Oposição – já anunciado candidato do PSD/CDS às autárquicas do próximo ano – apela, mais uma vez ao presidente da Câmara de Cabeceiras de Basto «que se empenhe em melhorar os resultados deste ano, dar resposta às dúvidas do auditor externo e executar as obras/investimentos de que os cabeceirenses tanto necessitam». [Redação].

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