O Museu das Terras de Basto, através do seu Núcleo Ferroviário do Arco de Baúlhe, em Cabeceiras de Basto, promove a 9 e 10 de maio aquela que é seguramente uma das propostas mais preponderantes da agenda cultural concelhia: um encontro de história local, ação enquadrada nas memórias do território.
«Com esta atividade pretende-se dar a conhecer a história de Cabeceiras de Basto, bem como o património cultural material e imaterial existente», justifica, adiantando que o primeiro dia é dedicado a conferências e o segundo a visitas ao património.
O primeiro momento – sexta-feira (9, 10h30 – é dedicado a “O impacto da reabilitação e restauro no turismo local e ferroviário”, abordagem atribuída a Carlos Machado, engenheiro mecânico e diretor da manutenção e engenharia de comboios históricos e carruagens da “CP-Comboios de Portugal”.
Durante a manhã vai falar-se ainda de “Arqueologia e ocupação de um território: Cabeceiras de Basto”, tarefa de que está incumbido Francisco Queiroga, professor-auxiliar na Faculdade de Letras da Universidade do Porto e investigador integrado do seu Centro de Investigação Transdisciplinar Cultura Espaço e Memória.
Um dos mais esperados momentos deste encontro vai acontecer ao início da tarde desta sexta-feira (14h30), quando Pedro Teixeira Gonçalves, historiador e habitual colaborador do jornal Terras de Basto, vai revelar a sua investigação sobre “A Fábrica de Papel de Basto”, trabalho que dará corpo, em breve, a uma publicação impressa.
Durante a tarde (15h15), Teresa Soeiro, investigadora do mesmo CITCEM e cujo trabalho é já sobejamente conhecido dos cabeceirenses, fala de “Património vernacular no álveo do Tâmega; isto, enquanto José Manuel de Oliveira, bibliotecário e conservador da Casa de Camilo, em São Miguel de Seide – Famalicão, se debruça (16h00) na relação de “Camilo Castelo Branco com os comboios e outros transportes”.
Para o sábado (10) fica, então, reservada a visita a vários sítios do concelho onde se evidenciam riquezas patrimoniais, visita que vai passar pela Casa de Pielas, na freguesia de Painzela (09h30); pela igreja de Santo André de Painzela (10h30); pela Quinta de Turismo Rural do Rapozinho, em São Nicolau (11h15); e por um percurso pedonal entre a Quinta do Rapozinho e o lugar das Encosturas, um trajeto parcial no Caminho Português de Santiago de Leon de Rosmithal (11h45).
Após o almoço, os participantes seguem para Cavez, onde apreciam a ponte (15h15), assim evocando o bicentenário do nascimento de Camilo Castelo Branco, explorando igualmente a Fonte do Santo, Capela de São Bartolomeu, e o património vernacular ribeirinho do Tâmega.
As inscrições para esta participar nestas atividades são gratuitas e podem ser feitas mediante o preenchimento do formulário disponível em https://cabeceirasdebasto.pt/index.php?oid=40755&op=all.
