«A concessão das terras do couto efetuada por D. Afonso Henriques ao Mosteiro de S. Miguel de Refojos, em 1131, e delimitadas pelo então infante, constituiu a base económica para a sustentação da respetiva comunidade religiosa. Por seu turno, como contrapartida espiritual desta concessão, os religiosos deviam lembrar-se da alma do nosso primeiro rei, nas suas orações e na celebração de missas.
Durante quase toda a Idade Média, até à década de 1420, o Mosteiro foi governado por abades perpétuos, ou seja, uma vez escolhidos, tinham, em princípio, o governo do espaço conventual e do couto até ao fim da sua vida. É de relevar que, ao invés do que sucederia séculos mais tarde, nesta época não existia uma casa-mãe dos beneditinos em Portugal. (…)».
Este é um excerto da crónica do investigador Tiago Norberto para a mais recente edição do Terras de Basto, já em distribuição. Não deixe de conhecer a história desta importante casa beneditina.