Tiago Pinto tem 22 anos acabados de fazer, vive em Atei, Mondim de Basto, onde trabalha na extração de granito. Foi ele que, a 17 de julho de 2002, foi raptado da maternidade do Hospital de Guimarães e encontrado, quatro dias depois, na igreja da Penha, neste concelho.
A história é agora lembrada pelo sítio “Guimarães Digital”, do Grupo Santiago, que diz que, desde que nasceu, a 21 de julho, Tiago Pinto vai ao Santuário da Penha assinalar aquele dia em que, recém-nascido, foi encontrado no interior da igreja.
Foi no dia seguinte ao ter visto pela primeira vez a luz do dia que o bebé foi levado da maternidade por uma mulher desconhecida a quem a mãe autorizara pegar no menino, que com ele desapareceu pelos corredores hospitalares. Quatro dias depois, foi localizado junto do altar.
Foi ali colocado logo pela manhã – conta o “Guimarães Digital” – sem que ninguém se apercebesse do rasto de quem praticou o crime.
Tiago Pinto passou a ser acarinhado pela Irmandade da Penha e por aqueles que o encontraram e praticamente todos os anos vai à Penha, na Festa da Senhora do Carmo. Tal como o fez este domingo (21), em que se fez acompanhar pela família: a namorada Joana e a filha de ambos, de quatro meses, Luana.
Tiago André cresceu com a alcunha de “Raptado”, condição de que não tem memória, mas que o liga à Penha, onde é recebido sempre de braços abertos. Ao jornal digital vimaranense, Domingos Sousa recordou o dia em que «uma misteriosa mulher, acompanhada por um “casal mais idoso”, manifestou o desejo de entrar no santuário, alegando tratar-se do cumprimento de uma promessa». «Era um dia de festa, com muita azáfama. E felizmente o milagre aconteceu. O menino estava diante do altar», conta, lembrando que Tiago André foi batizado no dia de São Bartolomeu, a 24 de agosto, «para que nunca tivesse medo». [Redação].