O Município de Cabeceiras de Basto retomou agora, mês e meio depois de ter desistido da ideia, o processo de concessão da exploração do serviço de bar na Praça Adriano Valente, no coração do Arco de Baúlhe. O assunto havia sido despoletado oficialmente na reunião camarária de 24 de maio, altura em que a vereadora da tutela enviou à vereação a proposta para «cessão temporária da exploração» daquele serviço de bar.
O assunto havia de cair, contudo, porque – alegou Carla Lousada em sede de reunião do executivo – os pretensos interessados «não se entenderam» e nem sequer formalizaram candidatura.
Em causa estava a exploração de 15 metros quadrados daquela praça arcuense, num bar instalado pelo próprio município, cujas características não são conhecidas, mas que alegadamente iria usar um contentor transportado para o local já no período de tempo entre 17 de maio e 11 de junho, de acordo com a listagem das prestações de serviço requisitadas pelo município, que dá conta ainda de que esse serviço custou 424 euros.
Depois de o ter deixado cair, até porque o verão vai avançando e o tempo para a sua rentabilização diminuindo –, o assunto é agora retomado através do anúncio de nova hasta pública, cuja entrega de propostas, em carta fechada, termina às 16h00 desta quarta-feira (17). Se ficar deserta, diz o regulamento, repete-se todas as quintas-feiras.
Dados que chamam à atenção são, por exemplo, o tempo de exploração do serviço de bar, que na versão atual vai de 19 de julho a 31 de agosto, por um valor-base de 450 euros, quando na versão abandonada, o procedimento referia um período de exploração mais lato, de 1 de junho a 30 de setembro, por… menos 150 euros.
Escrito em linguagem muito equívoca, o regulamento da hasta pública – que tem agora a abertura de propostas às 17h00 de quinta-feira (18) – diz, por exemplo, que «o contratante é responsável por todos e quaisquer danos e/ou prejuízos causados nas instalações», como diz que «a instalação do bar e a sua decoração é da restrita responsabilidade do contratante».
Recorde-se que, já a 20 de maio, o chefe de Divisão de Desenvolvimento Económico justificava a concessão daquele serviço por estar em curso o processo para a criação de «um plano de dinamização cultural» daquele espaço – que levou mesmo à contratação de um “programador” para o efeito – e por se encontrar igualmente a decorrer «a aquisição de um equipamento de bar e esplanada, para dotar a Praça Adriano Valente com mais valências, designadamente no período de verão». [Redação].