Sexta-feira, Maio 9, 2025
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Socorro pedido por anónimo no quartel terá salvo homem em Mondim de Basto

Foi a deslocação pessoal de um cidadão anónimo ao quartel dos bombeiros que terá salvo a vida a um homem de 64 anos encontrado inconsciente junto a uma via da localidade de Sobreira de Atei, em Mondim de Basto, ainda em pleno “apagão” desta segunda-feira (28).

O socorro a este sinistrado foi um dos momentos mais críticos das 10 horas que durou a interrupção geral no fornecimento de eletricidade e que, além de ter deixado o concelho mondinense sem luz, deixou também, durante algumas horas, sem qualquer comunicação para o exterior ou mesmo no interior.

«Um senhor veio ao quartel, por volta das 20h45, dar-nos conta da ocorrência com aquele homem, que terá caído da altura de três metros quando limpava um terreno… Não tinha conseguido contactar o 112/INEM. Quando chegamos, estava inconsciente; numa abertura entre as falhas e porque a rede “Meo” já funcionava, conseguimos acionar a VMER de Vila Real; o senhor estava a precisar de apoio diferenciado; encontrámo-nos a meio do caminho, já com o sinistrado», explicou ao Terras de Basto o comandante dos Bombeiros Voluntários de Mondim de Basto.

De acordo com Carlos Magalhães, a par desta emergência, os bombeiros mondinenses foram igualmente chamados para abastecer dois reservatórios de água, cujo enchimento é feito por eletro-bomba e quando davam já sinais de reserva mínima.

Este jornal sabe, aliás, que a situação obrigou mesmo ao corte da água a uma das maiores e mais reconhecidas unidades hoteleiras do concelho, que comunga com a localidade de Vilar de Viando o seu abastecimento.

O comandante dos bombeiros, que não se quis alongar em considerações sobre este facto, adiantou não ser da responsabilidade da sua instituição tal decisão e que, «a acontecer, ela não se terá prolongado por muito tempo».

Já com a energia reposta, mas apenas com o modo local da Rede SIRESP, a corporação mondinense foi chamada, na madrugada passada, novamente a Sobreira de Atei, desta feita para combater um incêndio Florestal.

Carlos Magalhães – que até elogia a forma como está estruturado o Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança (SIRESP) – considera, entretanto, que, «como ora se prova», deve ser ponderado o uso de comunicações analógicas, que se revelam mais eficazes. «Afinal, só restaram as comunicações via rádio», sublinha.

Este profissional da proteção civil adianta que «até por volta das 17h00» conseguiu comunicar de forma amadora «através do “WhatsApp”», altura em que perdeu o acesso à “internet” que a fibra ótica do quartel, alimentada por um gerador que produzia energia para todo o edifício, lhe permitia.

Quanto à estrutura da Proteção Civil, Magalhães diz ter participado numa reunião com o presidente da Câmara Municipal, que exerce a função, na qual foram identificados os pontos críticos e tomadas algumas decisões.

INEM reconhece

constrangimentos

O INEM reconheceu já esta esta terça-feira (29) que o “apagão” provocou «constrangimentos pontuais» no acionamento dos meios de emergência e falhas no acesso à rede do SIRESP.

Em comunicado, o Instituto Nacional de Emergência Médico reconhece estes constrangimentos e diz que foram «consequência das falhas registadas nas infraestruturas de comunicação nacionais». Diz ainda que entre as 13h00 e as 15h00 se verificou «um período de maior pressão no sistema devido a falhas registadas nas redes móveis de comunicações em todo o país».

O pico de chamadas em espera e desligadas na origem, segundo o INEM, ocorreu cerca das 14h00, com um total de 100 chamadas, «tendo os sistemas de “callback” e de atendimento automático dos CODU [Centro de Orientação de Doentes Urgentes] recuperado 100% destas chamadas», acrescenta. Durante a tarde foram «progressivamente restabelecidas as comunicações telefónicas, o acesso à internet e à rede SIRESP» e o serviço ficou normalizado pelas 23h20.

Devido ao “apagão”, o INEM ativou o seu plano de contingência e manteve os seus sistemas, telefónico e informático, «a funcionar com recurso a geradores», que foram acionados de forma automática. «Todas as chamadas com origem no Número Europeu de Emergência — 112 foram atendidas e o tempo médio de atendimento situou-se nos 40 segundos», acrescenta o instituto, adiantando ainda que os CODU registaram na segunda-feira um total de 4.576 chamadas recebidas e 3.877 meios de emergência acionados, números «em linha com os valores registados habitualmente às segundas-feiras», o dia da semana com maior atividade de emergência médica. [JPM].

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