Quinta-feira, Abril 10, 2025
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Oposição e comerciantes denunciam abandono da Praça da República

A Praça da República, o coração de Cabeceiras de Basto, deveria ser motivo de orgulho; um espaço cuidado, bonito e convidativo, digno de receber quem nos visita e quem aqui vive», mas, ao contrário disso, está «ao abandono». Quem o vem reafirmar agora é o candidato à presidência da Câmara Municipal pela coligação PSD/CDS, Manuel António Teixeira, referindo-se aos «canteiros centrais despojados de vida», «arbustos por cuidar» ou «floreiras maltratadas».

Tudo isto – sublinha em publicação nas redes sociais da coligação – espelha o abandono a que o executivo municipal votou, não só a praça, mas todo o concelho.

«A beleza natural que algumas árvores ainda oferecem não chega para esconder a falta de brio, organização e dinamismo que deveriam pautar a ação de quem governa», diz Manuel António Teixeira, insistindo em que «Cabeceiras merece mais e merece melhor».

A falta de conservação, de que resulta o mau estado atual deste jardim histórico, requalificado há alguns anos, tem sido um dos mais expressivos motivos de crítica à atual gestão municipal, não só no que toca ao tratamento e cuidado das espécies arbóreas, mas de igual forma quanto ao piso, «bastante degradado», e ao mobiliário urbano, «danificado».

O redesenho da praça e do jardim foi feito há cerca de duas décadas, num trabalho que juntou especialistas como os arquitetos Ilídio Araújo, João Marrana ou Mafalda Carneiro, altura em que a via central – que servia de praça de táxis – foi anulada e os canteiros desenhados e delimitados com sebe em murta.

No que respeita à sua composição arbórea, ela estendeu-se então por uma barreira em tílias na parte frontal do edifício dos Paços do Concelho, bem como pela dispersão de camélias características dos jardins históricos de Basto, “lagerstroemias”, magnólias, rododendros, “ulmus pêndula”, tulipeiros ou uma sebe de escalónia.

A degradação do jardim tem ganho particular expressão nos últimos anos, sendo disso exemplo o caso sempre apontado do brasão municipal desenhado em murta, que «praticamente desapareceu», alegadamente por «falta de tratamento».

Comerciantes na praça, alguns deles assumidamente críticos da atual gestão municipal, comentaram ao Terras de Basto que «o estado desta sala de visitas da vila, aquele sítio onde todos os visitantes passam, é bem o espelho do estado em que se encontram muitos outros espaços e equipamentos municipais, prova de total incúria, desleixo e abandono» dos responsáveis camarários.

«Olhar para o estado em que se encontram os jardins desta praça central é ver bem a falta de respeito com que a câmara trata a nossa história, o nosso património, a nossa identidade… Bem podem apregoar mundos e fundos que nunca poderão contradizer o que a realidade aqui mostra», diz um deles, que há longo tempo tem chamado a atenção do jornalista para «esta desgraça».

Refira-se que o executivo municipal aprovou há já algum tempo a abertura do procedimento para a empreitada de reabilitação deste espaço público central da vila de Cabeceiras de Basto, trabalhos que não se vislumbram ainda.

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