Nas encostas da Serra do Marão, a pequena aldeia de Campanhó, em Mondim de Basto, guarda um legado bem antigo: a exploração da cal. Durante séculos, homens, mulheres e crianças extraíram e transformaram o calcário, produzindo a cal. O arqueólogo Luís Pereira, que guiou o Terras de Basto na visita às minas e aos fornos, defende «a criação de um centro interpretativo», pois é fundamental «a valorização plena deste património industrial». Este é o principal destaque de nova edição impressa do Terras de Basto, que sai agora para a rua.
Outro destaque à largura da primeira página volta a ser o processo de desagregação da União de Freguesias de Refojos, Outeiro e Painzela, em Cabeceiras de Basto, agora votado na Assembleia da República e que acrescentou mais duas autarquias às Terras de Basto. Este jornal conta-lhe, neste contexto, as vicissitudes que este processo tem motivado, designadamente entre os socialistas cabeceirenses.
Na habitual caixa de chamadas, elas vão para o Lugar do Samão, ainda em Cabeceiras de Basto, que voltou a evocar São Sebastião com a Festa das Papas. Comeram-se as ditas por entre políticos e nevoeiro.
Outra festa, mas em Celorico de Basto, merece igual realce. Falamos da Festa Internacional das Camélias, que faz agora 20 anos e acontece de 14 a 16 de março.
Não sendo propriamente uma novidade, falamos nesta edição de uma pretensão que Mondim de Basto continua a alimentar: a criação da «maior árvore de Natal do mundo», aproveitando para o efeito a orografia do Monte Farinha, uma das maiores elevações e das mais fortes referências visuais das Terras de Basto.
Por último, outra festa de inverno, que está quase a chegar, em Ribeira de Pena. São as Carranhosas, uma celebração tradicional profano-religiosa, que ocorre anualmente e que pretende honrar, na sua génese, o santo católico São Brás. Acontece a partir de 31 deste mês.
E pronto… Boas leituras, com o seu Terras de Basto.
João Paulo Mesquita
Diretor