Sexta-feira, Maio 9, 2025
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Jovem cabeceirense pôs satélite no espaço

É de Cabeceiras de Basto aquele que é considerado o “engenheiro-chefe” do processo que levou recentemente ao espaço mais um satélite português. Trata-se de Pedro Reis Andrade, estudante de mestrado em Engenharia Aeroespacial na Universidade do Minho.

Foi com esse estatuto que o jovem cabeceirense foi apresentado na circunstância do lançamento do satélite “Prometheus-1” – a 15 de janeiro, a partir do porto espacial de Vanderberg, na Califórnia (EUA) – pelo investigador responsável, Alexandre Ferreira da Silva, à margem de uma cerimónia, que permitiu o visionamento no “hall” do edifício 1 do Campus de Azurém.

«Gostaria de agradecer a um conjunto de pessoas que estiveram ativamente envolvidas neste projeto… Desde logo, ao meu aluno Pedro Andrade, aluno de mestrado, que se viu a braços com este desafio e que, para mim, foi quase o engenheiro-chefe deste projeto», verbalizou.

O trabalho académico deste jovem foi, entretanto, sublinhado pelo líder da oposição na Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto, Manuel António Teixeira, que levou à última reunião do executivo uma proposta de “menção Honrosa”, então aprovada por unanimidade.

«Tem de ser um orgulho para os cabeceirenses ter um jovem, de apenas 23 anos, a elaborar, em conjunto com os seus docentes e com outras instituições de ensino, uma delas americana, um projeto de tão elevada dimensão», sublinhou então o candidato a presidente de câmara.

De acordo com Manuel António Teixeira, o jovem investigador «demonstrou sempre uma vivacidade enorme no meio escolar», tendo participado já na criação do Núcleo de Estudantes de Engenharia Aeroespacial da Universidade do Minho (AeroUM), de que foi presidente.

Quanto ao “Prometheus-1” – equipamento de pequena dimensão, que seguiu à boleia de um foguetão “Falcon 9” da “Space X” –, tem a missão de «levar o espaço para a sala de aula», pois os estudantes podem, por exemplo, estabelecer contacto com ele ou acompanhar a sua vida.

Com o aspeto de “um cubo de Rubik, com cinco centímetros de lado e 250 gramas”, está estacionado a cerca de 500 quilómetros de altitude, indo agora recolher dados úteis para a comunidade académica e científica.

«Possui sistemas de gestão de bateria e orientação, microcontroladores e câmara similar à de um telemóvel para captar imagens. Desde a Terra, deverão avaliar-se vários itens, como o posicionamento e eventuais erros do ‘software’», referiu a UMinho, em comunicado.

Este satélite resulta de um projeto científico homónimo financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, no âmbito do Programa CMU Portugal, e que teve a parceria da Universidade de Carnegie Mellon (EUA) e do Instituto Superior Técnico.

De acordo com a UMinho, o projeto ocorre aquando dos 50 anos da universidade e «contribui para afirmar a ciência e a indústria portuguesa no espaço».

A iniciativa surgiu há três anos, quando a UMinho abriu a licenciatura e o mestrado em Engenharia Aeroespacial. «O objetivo era usar o satélite em diferentes disciplinas como caso de estudo com os estudantes, desde a validação da plataforma ao licenciamento e à futura recolha de dados», refere a universidade.

A licença para lançamento, comando e controlo do “Prometheus-1” foi apenas a terceira do género atribuída pela ANACOM, após os recentes satélites MH-1 (Aeros) e ISTSat-1. A licença do “Prometeus-1” deu-se ao abrigo do novo quadro jurídico, que está «entre as melhores práticas», ao permitir agilidade, flexibilidade, rapidez e não implicar taxas, observava a UMinho. [Redação; fotografias de AEORUM-UMinho].

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