O presidente da Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto recusa-se a responder aos contestatários da anunciada pedreira de Souto Mouro, em Bucos, que lhe têm dirigido um conjunto de questões e o acesso a um prometido parecer jurídico sobre aquele projeto.
A última vez que lhe formularam as perguntas – a segunda, já – foi nos inícios de outubro, mas, até agora, nenhum sinal de resposta às questões, nem tão pouco ao pedido de audiência que então lhe dirigiram.
«Tal pedido teve em consideração as circunstâncias do processo, em particular os pareceres negativos dos diferentes serviços camarários que, em diferentes alturas, se pronunciaram negativamente contra a pretensão, fazendo para isso a devida fundamentação legal, o que acreditamos que V.ª Ex.a tenha tido em consideração, uma vez que são os serviços da câmara que dirige», afirmavam na missiva.
Os contestatários – liderados pelo arquiteto José Vale-Machado – perguntavam há quase um ano atrás ao presidente da câmara se «foi feito o pedido de parecer» jurídico, «se já foi respondido» e, se foi respondido, solicitam que do mesmo lhes seja facilitada uma cópia. «Se não, porque é que não o foi; se não, quando é que o fará», perguntavam ainda.
O processo de licenciamento desta pedreira desencadeado por um grupo espanhol – que saiu da ordem dia há bastante tempo, como se confirma – esbarrou num pedido da empresa extratora de granitos, com origens na Galiza e representação no Alto Minho, à autarquia cabeceirense para emissão de um parecer de interesse municipal que pudesse obviar o “handicap” criado pelo registo de incêndios em 2017 no território em causa. [Redação].