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Cabeceiras é o terceiro concelho do norte a apresentar mais prejuízos pelos incêndios

Cabeceiras de Basto foi, até ao momento, na região norte, o terceiro concelho a apresentar o montante mais elevado de prejuízos provocados pelos incêndios de setembro, de acordo com a informação disponível no portal da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte.

De acordo com os pedidos já aceites pela CCDR-N, o concelho com maior montante de prejuízo declarado foi Cinfães (distrito de Viseu), com 277,3 mil euros, seguido de Baião (Porto), com 166,3 mil euros, e de Cabeceiras de Basto, com 154,2 mil euros. Desta lista fazem também parte Vila Pouca de Aguiar (Vila Real), com 116,5 mil euros, e Marco de Canaveses (Porto), com 103,8 mil euros.

Segundo o portal de estatísticas criado na sequência dos incêndios de setembro, até agora, os agricultores afetados, na região norte, declararam 1,4 milhões de euros de prejuízos. Ou seja, 369 agricultores declararam prejuízos totais de 1,39 milhões de euros em candidaturas aceites pela CCDR-N, sendo que, como o limite de apoios é de seis mil euros, o valor considerado pela comissão regional vai apenas até 1,06 milhões de euros.

O montante do capital produtivo afetado ascende a 1,36 milhões de euros, sendo que o valor que diz respeito à alimentação animal é de 204 mil euros e o referente à morte de animais foi quantificado em 38 mil euros.

Cinfães lidera também o número de candidaturas na região Norte, com 94, seguido de Vila Pouca de Aguiar e Baião, com 48 cada, de Cabeceiras de Basto, com 41, e Marco de Canaveses, com 30.

De acordo com o portal da CCDR-N, no total terão sido afetados na região norte 3.203 agricultores inscritos em parcelário, com território correspondente a 8.100 hectares parcelados.

O número de parcelas afetadas é de 1.401, o número de declarações apresentadas desde 12 de setembro é de 719 e o número de construções agrícolas afetadas foi de 236.

Porém, no total, na região arderam 69.800 hectares, dos quais 28.100 de matos, 17.000 de florestas de eucaliptos, 7.200 de floresta de pinheiro-bravo, 3.900 de florestas de outros carvalhos e 3.000 de florestas de outras folhosas.

Completam a área ardida, em menor dimensão, culturas temporárias de sequeiro e regadio, vegetação esparsa, agricultura com espaços naturais e seminaturais, florestas de outras resinosas e florestas de espécies invasoras.

No mês de setembro, os grandes incêndios das regiões norte e centro do país provocaram nove mortos, mais de 170 feridos e a destruição de dezenas de habitações.

Segundo o sistema europeu de observação terrestre “Copernicus”, só entre os dias 15 e 20 de setembro arderam em Portugal continental cerca de 135.000 hectares, dos quais mais de 116.000 no Norte e Centro, que assim concentraram a maior parte da área ardida em território nacional.

O formulário da CCDR-N está disponível ‘online’ desde o dia 20 de setembro. [Com agência Lusa].

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