Maria de Fátima Costa escolheu a terra-natal, Alvadia, em Ribeira de Pena, para apresentar publicamente o seu primeiro trabalho literário, “O alimento que a mãe deu aos filhos”. Fê-lo a 28 de setembro, na autarquia local, e no ato participou o presidente da junta, que lhe deixou expressos votos de sucesso.
O trabalho, dirigido a um público infanto-juvenil, é – de acordo com a autora — uma história verídica, que se passou numa aldeia transmontana no ano de 1970.
«Maria, analfabeta, mãe de quatro filhos. O marido havia emigrado nos anos sessenta. Na aldeia onde residiam, não havia professora. Esta mãe, apesar de não ter escolaridade, não queria que os seus filhos passassem pelo mesmo. Então, chegado o mês de outubro, início das aulas, Maria fez uma trouxa com alguns haveres e foi à procura daquilo que nunca teve, “o alimento para os filhos”», escreve na sinopse.
E acrescenta: «arranjou casa para ficar e escola. Regressou feliz! No dia seguinte, pega nas quatro crianças e ruma à vila. Estas também estavam entusiasmadas, embora só o Horácio e o João estivessem em idade escolar, tinham de ir todos. Desceram uma grande montanha, passando por pinhais, sítios arenosos e carregados, mas, ao mesmo tempo, felizes, porque outras experiências os esperavam».
A obra tem a chancela da “Cordel d’Prata”, tem 62 páginas e está à venda por 14 euros.
Fátima Costa, nascida em outubro de 1964, diz que sempre teve fascínio pela literatura. Licenciada em Humanidades pela Universidade Católica Portuguesa e em Ciências da Educação pela Universidade do Porto, é professora do terceiro ciclo e do ensino secundário, tendo entre as suas referências literárias o nobel José Saramago. [Redação].