Sem um único espaço ou entidade que se dedique à exibição cinematográfica, o concelho de Cabeceiras de Basto poderá ver nascer em breve o seu primeiro cineclube. Deverá acontecer na vila de Arco de Baúlhe, por iniciativa de uma estrutura associativa já com alguns anos de vida, a “Artolas”.
«Através de exibições regulares, iremos promover o acesso a obras audiovisuais diversificadas, abrangendo diferentes géneros, estilos e épocas; tal como promover, estimular e exibir curtas-metragens de talentos da região», diz Bruna Oliveira.
O enquadramento é feito pela presidente da direção desta “associação de cultura e recreação”, com sede na Rua das Tojeirinhas, no âmbito do processo submetido agora à apreciação dos serviços municipais, que lhe atribuíram entretanto um apoio de 7.500 euros.
O cineclube – que procura sede adequada e providencia financiamento para compra dos necessários equipamentos – propõe-se como «local de encontro, aprendizagem e discussão sobre a arte cinematográfica, contribuindo para a formação de uma consciência cívica».
Como primeira atividade, os promotores apontam a criação de um “clube de literatura e cinema”, a quem compete, na relação com uma livraria do concelho, a leitura de um livro a cada mês, seguida da exibição de um filme que tenha relação com a obra proposta. «A abordagem conjunta de literatura e cinema permitirá a troca de experiências e perspetivas, estimulando a imaginação, a reflexão e o diálogo entre os participantes», justifica-se.
No mesmo contexto, propõe-se ainda fortalecer a relação do cinema com a música, apresentando, a cada dois meses, um concerto de um artista a solo que se relacione de alguma forma com o universo cinematográfico e que possa ser gravado para posterior visualização. São as designadas “Artolas Live Sessions”.
A par das parcerias que querem estabelecer com cinematecas e distribuidoras, que lhes garantam uma programação diversificada e de qualidade, os promotores deste cineclube procedem à seleção de artistas a solo que possam desenvolver projetos relacionados com o universo cinematográfico.
Foi com base num orçamento de 20.000 euros que a “Artolas” pediu ao município cabeceirense um apoio de 15.500 euros. A vereadora da tutela, a arcuense Carla Coutada, propôs a atribuição de 7.500 euros.
«Através deste projeto, pretendemos proporcionar à comunidade um acesso único ao mundo do cinema, promover a literatura e a cultura cinematográfica, além de incentivar a produção audiovisual e enriquecer o ambiente musical da região», conclui Bruna Oliveira. [JPM].