O estudante Miguel João Barroso Marques está neste momento a regressar a Portugal, vindo da Arábia Saudita, onde integrou a equipa portuguesa de quatro elementos que representou o país nas Olimpíadas Internacionais da Química (IChO), apurou o Terras de Basto. «Estamos ansiosos que chegue, até porque têm sido muito esporádicos e difíceis os contactos com ele, por força das regras da competição», comentou o pai, Paulo Marques.
A “IChO” é uma iniciativa académica de prestígio, que reúne os melhores estudantes de Química de todo o mundo, sendo considerada a maior competição internacional de Química para jovens estudantes. Os participantes enfrentam provas de alto nível, tanto teóricas como práticas e, este ano, a competição ocorreu de 21 e 30 de julho, reunindo estudantes de 90 países, incluindo Estados Unidos, Japão, Canadá, Alemanha, Suíça, China, Bélgica e Itália.
Da delegação portuguesa, Simone Pinto, estudante do 12.º ano, conquistou a medalha de bronze e Rodrigo Marques uma menção honrosa desta edição realizada em Riade. Portugal igualou, assim, o seu melhor resultado de sempre.
Além do cabeceirense Miguel Marques, a delegação portuguesa era constituída por Afonso Benevides (Escola Secundária Domingos Rebelo), Rodrigo Marques (Escola Secundária Adolfo Portela) e Simone Pinto (Colégio Luso-Francês). Estes alunos foram selecionados através de competições dinamizadas pela Sociedade Portuguesa de Química: as Olimpíadas de Química+ e a Prova Nacional de Química2+. Foram acompanhados pelos mentores João Pereira e Vasco Batista.
Nas preparações desta participação estiveram envolvidos também Alzira Rebelo, Avelino Silva, João Pereira, Ricardo Santos, Vasco Batista, Diana Pinto e Maria do Amparo Faustino.
A organização procura continuar esta série de bons resultados, encontrando-se a preparar agora a participação na 28ª Olimpíada Ibero-Americana de Química, a decorrer na Costa Rica.
Cada delegação é representada por um máximo de quatro estudantes e dois professores acompanhantes. A avaliação é composta por uma prova teórica e uma prova experimental, cabendo ao organizador local elaborar a avaliação, sujeita à aprovação do júri.
Após a correção e revisão das notas, é elaborado um “ranking” baseado na nota total obtida por cada estudante, considerando o peso de 60% da prova teórica e 40% da experimental. São medalhados com ouro os alunos que estiverem entre os 10% melhores, medalhas de prata aos que estiverem entre os 20% seguintes e de bronze aos 30% subsequentes.
A primeira edição das Olimpíadas da Química ocorreu em 1968, em Praga, na República Checa.
Com as merecidas férias pela frente, Miguel Marques prepara entretanto a sua candidatura à universidade, na área da Informática. [Redação].