Rosabela Afonso – escritora, jornalista e conferencista – é a convidada da Casa do Tempo, de Cabeceiras de Basto, para uma tertúlia sobre “Mulheres da Terra”, que promove a 7 de março (21h00).
Colaboradora habitual do Terras de Basto, Rosabela Afonso – natural de Gondiães, em Cabeceiras de Basto – propõe-se falar então «de metade da população, a feminina». «A outra metade claro está que também fará parte da conversa, as mães falam sempre dos filhos e dos companheiros; assim somos, lutadoras, resistentes, sonhadoras e apaixonadas pelos nossos», diz.
A este jornal, a convidada desta tertúlia adianta que ela será «uma conversa intimista sobre mudanças, desafios, oportunidades, lideranças, desigualdades, perspetivas e muita reflexão». «Esperamos por todos os que gostam de pensar e debater temas como transformação, emancipação, empoderamento e superação; fica o desafio, a vida é para ser vivida em modo cidadania, ativa e participativa», diz.
Licenciada em Línguas e Literaturas Modernas pela Nova de Lisboa, ingressou na RTP em 1974, onde trabalhou 30 anos, em áreas tão diversas como o Centro de Formação e a Direção de Programas. Dirigiu a revista “Grande Plano” da Casa do Pessoal da RTP, foi regente de emissão, gestora de distribuição da RTP internacional (RTPi), primeiro para a Europa, depois para a Ásia e África Austral e, por fim, para os EUA; fundou e chefiou a delegação da RTP África em Moçambique. Após o regresso chefiou os departamentos de Meios Operacionais e de Distribuição da RTPi.
Tem a carteira profissional de jornalista n.º 3946ª e em 2005 assinou um protocolo com uma televisão da China (TVS), de que foi representante em vários países, entre os quais Portugal, para a produção de documentários.
Em 2009 fundou a Associação Cultura, Conhecimento e Igualdade de Género, de que foi presidente até ao final de 2014. No âmbito da mesma, foram desenvolvidos projetos designados “Mulheres na Sociedade: Empoderar para Participar”, nos distritos de Viseu e Guarda.
Dirigente da Associação “Happy Schools” Portugal, colabora na revista “(Sem)Equívocos”, como cronista. Participou nas edições “Poiesis, Vol. XVII” e “Roteiro(s) da Alma”, com poesia e contos.
É autora da coleção infantojuvenil “As Mulheres e a República”, composta por seis volumes dedicados a seis mulheres que tenta homenagear desta forma, são elas: Carolina Beatriz Ângelo, Adelaide Cabete, Maria Veleda, Ana de Castro Osório, Angelina Vidal e Emília de Sousa Costa. São da sua autoria as biografias, para crianças e jovens, de Maria de Lourdes Pintasilgo, “Maria de Lourdes, Curiosa e Brilhante” e de Sophia de Mello Breyner Andresen, “Os Tempos de Sophia”. Assim como “O Visionário”, um livro infantojuvenil que trata uma realidade ficcionada e tem como objetivo a inclusão, através da literatura e da leitura; inclui um QRCode com acesso ao livro, para leitura nas plataformas digitais de leitura para invisuais, um processo editorial inédito em Portugal.
Publicou ainda a peça de teatro “Maria e Sophia, Confidências e Desabafos”, a crónica de costumes “O Chá da Joaninha” e “O homem que atirou o cão pela janela”, um alerta para os maus-tratos na infância e adolescência.
O seu primeiro livro de contos saiu em 2023 com o título “Mulheres – trilogias e outros contos”, abordagem à multiplicidade das violências sobre as mulheres. Respondendo ao convite da editora “Letras Lavadas”, participou no livro “Viagens II” com “Moçambique, não foi trabalho foi paixão”.
É co-autora d’ “O Voluntário”, um livro ao estilo “cadavre exquis”, e curadora da primeira edição da Semana Arte Mulher, em Portugal. É autora do Projeto “Mangualde – Cidade das histórias”. Ana de Castro Osório, considerada a mãe da literatura infantil em Portugal, é a figura central deste Projeto. [Redação].

