O Município de Celorico de Basto acaba de aprovar o seu Plano de Desenvolvimento Social, um documento estratégico que visa orientar ações e políticas sociais. Elaborado com base em diagnósticos sociais e participações de diversos atores locais, como entidades governamentais, organizações não-governamentais, associações comunitárias e representantes da sociedade civil, este plano tem como objetivo principal a melhoria da qualidade de vida dos habitantes, especialmente daqueles em situação de vulnerabilidade social.
O plano – que tem em vista, não só os efeitos corretivos de redução da pobreza, do desemprego e da exclusão social, mas também efeitos preventivos, através de ações que envolvam a comunidade e promovam a alteração de comportamentos – está focado em quatro áreas de intervenção: situações de risco, vulnerabilidade, exclusão social e exclusão estrutural.
O documento foi apresentado terça-feira (3), em sessão na Casa da Terra, pela coordenadora municipal da Ação Social e Saúde, Helena Martinho, que chamou a atenção para a importância de colocar em prática estratégias que orientem para o efetivo desenvolvimento social do concelho.
Na circunstância, o presidente da autarquia celoricense relevou o facto de este «guia das políticas sociais» se focar nas pessoas, em busca de soluções integradas, inovadoras e próximas».
«Ainda recentemente assumimos competências para desenvolver estratégias que promovam o envelhecimento ativo; já estamos a fazê-lo, mas vamos consolidar ainda mais esse trabalho; temos de fomentar as estratégias certas para envelhecer com qualidade», considerou Peixoto Lima.
Foi neste contexto que confirmou para «breve» a abertura de uma unidade de tratamento e reabilitação: «são 18 camas que irão aproximar as pessoas das suas famílias no momento da reabilitação; teremos também um conjunto de outros serviços para que as pessoas não tenham necessidade de se deslocar para fora do concelho, contribuindo para dar melhor qualidade de vida aos nossos idosos, aqueles que tanto nos deram», afirmou o autarca.
De acordo com Peixoto Lima, apesar da população local se apresentar envelhecida, vive-se no concelho «um novo paradigma: «vivemos tempos diferentes, somos um concelho que acolhe muitos imigrantes, que aqui chegam para trabalhar e melhorar a sua condição de vida, homens, mulheres e crianças que temos que saber acolher, porque são fundamentais para a nossa economia, para o desenvolvimento do concelho», disse.
Para o edil, esta onda de imigração «tem de ser aproveitada para aumentar a nossa população e para a construção de uma economia mais rica, forte e equitativa».
Neste contexto, foi ainda aprovado o Plano de Ação da Rede Social de Celorico de Basto.
O Contrato Local de Ação Social emitiu também parecer positivo sobre as candidaturas para requalificação e alargamento da rede de equipamentos sociais, tendo sido provado – de acordo com uma nota municipal – o aumento de 10 vagas para o Centro Social e Paroquial de Ribas, nove vagas para o Centro Comunitário Bento XVII, sete vagas para a Misericórdia de Arnoia e cinco vagas para o Centro Social e Paroquial de Molares.
A concluir a sessão, foi também apresentado o Contrato Local de Desenvolvimento Social 5G Celorico + Social, que visa «reforçar as políticas de inclusão social e de combate à pobreza» em dois eixos de intervenção: eixo 1 – emprego, formação e qualificação, e eixo 4 -desenvolvimento social, capacitação comunitária e intervenção em contextos de emergência social.
De acordo com a nota municipal, prevê-se que este contrato entre em execução «o mais breve possível», até porque «vai mexer com todo o concelho e vai capacitar e incluir os mais vulneráveis».
As entidades participantes foram ainda informadas de que lhes vai ser pedida a indicação da pessoa que as representa no Núcleo de Garantia para a Infância. [Redação].
