Ninguém quer falar sobre o assunto, muito provavelmente porque o desenrolar dos factos acontece de modo totalmente informal, sem que as várias entidades envolvidas tenham oficializado qualquer decisão dos seus dirigentes. Referimo-nos à reabilitação do campo de futebol e estruturas conexas do São Nicolau de Basto, que estão anunciadas há algum tempo como futura casa do Atlético Cabeceirense.
Tal como o Terras de Basto noticiou na edição anterior, o campeonato da primeira divisão da Associação de Futebol de Braga, em que o clube cabeceirense se inscreveu, inicia-se em princípios de outubro e o conjunto de intervenções que a entidade tutelar do futebol regional mandou fazer, após os seus técnicos terem visitado o recinto, há mais de um mês, foram-se arrastando no tempo.
Sem que tenha sido formalizada qualquer relação entre a entidade proprietária do pelado de São Nicolau – que não é utilizado para a prática do futebol há alguns anos – e o Atlético Cabeceirense, bem como entre as autarquias municipal e local, que não tornaram público até agora qualquer acordo de colaboração, o que é certo é que o terreno de jogo começou a ser preparado nos últimos dias.
No recinto – confirmou o Terras de Basto – têm estado maquinaria pesada e, ao que foi possível apurar, para o local foram transportadas algumas dezenas de camiões de saibro, necessário para a preparação do terreno de jogo.
Recorde-se que o processo que ora está a ser levado a cabo em São Nicolau foi aquele que o líder da Oposição municipal propôs fosse desenvolvido pelo Município no abandonado Campo das Cerdeirinhas, em Chacim, a velha casa do Atlético Cabeceirense, ficando agora por avaliar qual das intervenções terá orçamento mais reduzido, indo de encontro às razões aduzidas pelo Poder para não intervir no “estádio” enquanto não conseguir fundos externos.
Já o edifício-sede do clube de São Nicolau, que não foi possível apurar se tem o mesmo proprietário do campo de futebol, começou a ser reabilitado na semana passada, tendo alguns dos jovens dirigentes do Atlético dado o exemplo na pintura das instalações, conforme fizeram questão de dar conta nas redes sociais.
«As obras no Campo de Jogos António Joaquim Gomes da Cunha continuam a bom ritmo e cada passo que damos representa a força e a união de todos nós. Este projeto só é possível graças ao esforço e dedicação de cada membro da nossa comunidade. A todos os que têm apoiado e acreditado neste sonho, o nosso mais sincero agradecimento. Juntos, estamos a construir um futuro melhor para o nosso clube», limitaram-se a dizer aqueles dirigentes, negando qualquer contacto com a Comunicação Social. [Redação].
