A Concelhia do Partido Socialista de Cabeceiras de Basto diz que as listas únicas que se apresentaram para a constituição dos órgãos internos desta estrutura são o «reflexo de um processo democrático e inclusivo», sendo constituídas, «na sua maioria, por elementos que transitaram do mandato anterior».
Diz também que «todos» os que integravam até agora os mesmos órgãos, designadamente a comissão política, «foram convidados com vista à sua continuidade», o que colide desde logo com a informação dada ao Terras de Basto por alguns militantes históricos do PS/Cabeceiras de Basto, que garantem não ter sido convidados a continuar em funções.
Recorde-se que ao sufrágio para a comissão política, a 5 de julho, se candidatou uma única lista, liderada pelo presidente em exercício, Fernando Basto, tendo ficado à margem deste processo a quase totalidade dos militantes tidos como mais próximos do histórico Joaquim Barreto.
«Uns, que disseram que não ao convite; outros que não foram convidados; e outros que se deixaram ficar em situação de incapacidade eleitoral, por não terem pago as quotas, isso perfaz qualquer coisa como a saída de trinta e tal elementos da anterior comissão política; ora, de novo, agora entraram vinte militantes, nenhum próximo de Joaquim Barreto», explicou um dos interlocutores.
O mesmo interlocutor expressa a propósito a sua «estranheza» pelo facto de o partido estar a passar «um dos piores momentos dos últimos tempos», de «evidente debilidade no exercício autárquico», e, mesmo assim, «os seus dirigentes fomentarem a desunião e desvalorizarem a mais-valia de alguns dos líderes históricos». «O que faz correr Fernando Basto desta forma?», ousa interrogara-se o militante em referência, que pede para não ser identificado.
No uso da palavra, em contexto de tomada de posse, sexta-feira (26), Fernando Basto – diz uma nota agora divulgada nas redes sociais – «começou por saudar todos aqueles que integraram o mandato anterior e que com o seu trabalho e dedicação construíram as bases sobre as quais se continuará a edificar em prol dos cabeceirenses.
Saudou também os recém-empossados – diz – pela confiança que depositaram neste projeto que pretende continuar a honrar o passado, a valorizar o presente e a trabalhar para um partido vencedor.
O líder do PS/Cabeceiras de Basto – diz a nota – realçou ainda que «tudo fará para levar o partido até às autárquicas de 2025 em unidade, no respeito pela vontade dos socialistas e com sentido de responsabilidade, criando condições para continuar a justificar a confiança dos cabeceirenses».