Sexta-feira, Novembro 22, 2024
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Rosário Barbosa mostra as suas mulheres em Celorico

Foi com os contextos da infância em Celorico de Basto, designadamente o aglomerado familiar composto essencialmente no feminino, que Rosário Barbosa tentou justificar a exclusividade de género na mostra de desenhos e pintura “Mulheres e Inquietudes” que inaugurou este sábado, ao final da tarde, na Casa da Terra.

Acompanhada pelo presidente da Câmara e outros elementos da vereação, a juiz-desembargadora aposentada, com origens na família “Marinho e Costa”, passou em revista a exposição, que vai manter-se naquele espaço até ao último dia de agosto.

«Não tenho propriamente uma justificação muito objetiva para pintar estas mulheres; estas mulheres não são propriamente ninguém em particular, são rostos femininos; talvez tenha a ver com a infância, aqui em Celorico de Basto, em que vivia rodeada de muitas tias», comentou para o Terras de Basto, tendo ao lado algumas dessas familiares.

Rosário Barbosa – que fez a sua vida profissional em Lisboa e viaja agora habitualmente para a casa familiar na Venda Nova, em Britelo – assumiu, contudo, que um dos desenhos que dão corpo a esta mostra, a tinta-da-china, pretende ser um auto-retrato.

Além das obras que dão corpo a esta exposição agora patente na Casa da Terra, a pintura de Rosário Barbosa – lembra o pintor e galerista Renato Rodyner – está marcada por «uma série de mulheres do quotidiano com olhares profundos e marcantes que prendem a atenção na sua forma simples de comunicar com o olhar do apreciador».

Também a pintora Isabel Mourão considera que estas figuras femininas, «trabalhadas com esmero» através de «uma técnica pictórica muito própria» em que Rosário Barbosa conjuga detalhes utilizando elementos clássicos», são apresentadas numa «combinação harmoniosa de cores contrastantes».

Estas são – diz a pintora, a propósito da exposição “All You Need is Art”, um festival de arte contemporânea em que Rosário Barbosa participou em outubro passado na Cordoaria Nacional — «mulheres especiais, não bonecas, coloridas, mas contidas, com olhares não contidos, que atravessam o nosso olhar e nos questionam». [JPM].

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