A autarquia de Painzela quer que a Câmara de Cabeceiras de Basto lhe diga «quando prevê dar início à reparação da ponte românica e quando pensa que a reconstrução das guardas de cantaria estará concluída».
Este é o principal teor da missiva que a Assembleia da União de Freguesias de Refojos, Outeiro e Painzela enviou agora ao presidente do executivo municipal e de que deu conhecimento ao congénere da Assembleia Municipal, assim cumprindo uma deliberação de 27 de junho.
Tendo em conta que a ponte é composta por um tabuleiro em cavalete assente em três arcos e que «neste momento só são visíveis desses arcos», a autarquia local aproveita para pedir à Câmara Municipal que, «paralelamente à reposição das guardas de cantaria, considere a possibilidade de proceder ao desassoreamento da Ribeira de Painzela nas proximidades da ponte, por forma a remover a areia, sedimentos ou outros detritos acumulados no fundo daquele efluente, possibilitando o livre fluxo das águas e a visibilidade dos três arcos desta fonte, classificada como património de inegável valor e importância histórica».
As laterais desta travessia de estilo românico, que estabelece a ligação entre o Lugar da Raposeira e a freguesia de Painzela, foram derrubadas por um automóvel a 21 de maio de 2023 e desde então nunca mais foram repostas.
«Tratando-se de património classificado, a União de Freguesias tem consciência de que a reconstrução da ponte românica de Painzela necessita do acompanhamento técnico da Direção Regional de Cultura do Norte, para que sejam repostas as pedras que caíram à ribeira», diz, sublinhando, contudo, que «já se passaram quase 14 meses do sinistro» e «tem sido confrontada com reclamações de fregueses», designadamente sobre «questões de segurança para quem diariamente transita naquela infraestrutura».