O candidato social-democrata à presidência da Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto ficou satisfeito com o facto de ter sido aprovada, no último Conselho de Ministros do Governo agora em exercício, uma resolução que dá início ao processo de construção do último troço da Via do Tâmega (Variante à EN210), entre o Corgo e o Arco de Baúlhe.
Na resolução governamental são referenciadas mais de 30 vias rodoviárias definidas como prioritárias, «numa lógica de complementaridade da rede rodoviária com os grandes projetos em desenvolvimento», explica o Ministro das Infraestruturas.
«É objetivo reforçar as ligações por autoestradas, sobretudo nas zonas do Interior e nas ligações transfronteiriças, reduzir a sinistralidade e os tempos de deslocação, resolver estrangulamentos de mobilidade urbana, e atender à sustentabilidade ambiental», diz Pinto Luz.
Em declarações ao Terras de Basto, Manuel António Teixeira lembra que a construção desta via alternativa à extinta Linha Ferroviária do Tâmega é «uma promessa/contrato com mais de 30 anos», e que, «tendo passado diversos governos, só este cumpriu» aquilo que lhe foi solicitado.
«Sim, nós, coligação “Fazer Diferente” (PSD/CDS), sensibilizámos para a importância desta concretização desde o momento em que este Governo tomou posse; este esforço foi bem visível e público na apresentação da nossa candidatura às eleições autárquicas, com a presença de um ministro e do secretário-geral do PSD», enfatiza o líder da oposição cabeceirense.
«Cumprimos o que prometemos mesmo antes de exercermos o poder; claro, com o apoio de um Governo, que esteve connosco e com o Interior desde o primeiro momento; há, contudo, quem prefira ficar sentado à espera que as resoluções lhe venham cair nos braços», invetiva Manuel António Teixeira.
O candidato “da direita” aproveita, entretanto, para reivindicar outras iniciativas do Governo em exercício, designadamente os estudos de viabilidade para eventual reabertura da Linha do Tâmega até Amarante, «certamente com nova bitola (ibérica: 1.668mm; e não na bitola que existia: 1.000mm), uma vez que será a única forma de ligar a Linha do Tâmega à Linha do Douro».
O cabeça-de-lista do PSD/CDS admite mesmo que, «se os dados desse estudo forem satisfatórios, talvez eles se possam prolongar até ao final da antiga Linha do Tâmega, no Arco de Baúlhe, «ou mesmo equacionar o seu prolongamento até Chaves, como projetado no final do século XIX».
«Seria um investimento extraordinário, mas desenvolveria exponencialmente esta e outras regiões do interior; assim haja vontade por parte de quem vai suceder a este Governo», diz. [TB].
