A diretora da Academia de Música de Basto, de Celorico de Basto, que sábado (5) apresentou no auditório municipal o concerto “CantarAbril”, no âmbito do cinquentenário do “25 de Abril”, diz que trabalhar temas como aqueles que então foram interpretados «é viver verdadeiros movimentos de libertação, é dar aos alunos a oportunidade de “viver”, pela música, períodos marcantes da nossa história».
Para Carla Lopes, esta é uma forma de lhes ensinar que «a música é e será sempre uma forma de luta, resistência e resiliência, um veículo poderoso para alcançar objetivos concretos como a igualdade de oportunidades».
Quanto ao concerto, nele foram interpretados temas de grandes intérpretes nacionais, essencialmente referentes ao tema da “revolução dos cravos”, como “Liberdade”, de Sérgio Godinho, “Cantar da Emigração”, de Adriano Correia de Oliveira, e “Grândola”, de Zeca Afonso.
O Academia de Música de Basto juntou a maioria dos seus alunos e professores para a interpretação destes e de muitos outros temas, proporcionando «um concerto cheio de emoção, com a música a permitir conexões com realidades de opressão e injustiça, mas também de liberdade e resistência».
Na circunstância, a diretora da academia deixou um agradecimento especial ao jovem músico João Jorge Moreira, que compôs o arranjo da última intervenção “Cantar de Emigração”, que «encheu a alma» dos espetadores com «tão etérias melodias», «elevando bem alto os desejos de liberdade»
Por seu turno, para o presidente da câmara, a música traz agarrada a si uma conotação de liberdade, com mensagens para sentir e refletir, que não deixam ninguém indiferente. «”CantarAbril” é exaltar a excelência, é preservar a memória e a história e perceber que não podemos ficar estagnados; é preciso agir para que a liberdade se mantenha intacta e as comunidades tenham os seus direitos fundamentais salvaguardados», disse José Peixoto Lima.
Para o edil, a autarquia «tudo tem feito» para que os celoricenses «tenham acesso aos melhores serviços, a serviços de qualidade fundamentais para o bem-estar coletivo». «E é por isso que temos vindo a colocar à disposição da população uma série de serviços, como por exemplo a polícia municipal para execução de serviços administrativos que estavam em falta, e para colaboração na salvaguarda de pessoas e bens», disse.
Em meados deste mês – voltou a referir – entrará também em funcionamento a Unidade de Internamento e Reabilitação no Centro de Saúde, equipamento que aproxima dos seus entes as pessoas em reabilitação.
Este será – disse – o início do processo de transformação do centro de saúde num equipamento mais moderno, acessível, e com serviços variados para salvaguarda da saúde dos celoricenses. «Isto também é preservar a liberdade», sublinhou. [Redação].