A Ponte Românica de Painzela, em Cabeceiras de Basto, classificada como «imóvel de interesse público», está já a sofrer a intervenção dos serviços municipais para limpeza e reconstrução, vítima que foi de graves danos na sua cantaria lateral.
Um ano e meio depois de lhe ter sido derrubada parte substancial das pedras laterais – tanto de um lado, como do outro, vítima do despiste de um automóvel durante a noite de 21 de maio de 2023 – a reconstituição daquela obra de arte com particular interesse historico-cultural tem evoluído de forma demorada, contra o que se insurgiu já a autarquia da freguesia, responsabilizada pela população, embora sem competências para a sua reolução.
Para já, os serviços municipais contrataram a limpeza da vegetação espontânea da ponte, do lado jusante e do lado montante, assim como das margens, trabalhos que estão a ser executados pela empresa privada “Bosques Limpos”, de Chacim, Cabeceiras de Basto.
De acordo com a resposta que um técnico municipal – sim, um técnico municipal, não a câmara municipal – enviou à Assembleia da União de Freguesias de Refojos, Outeiro e Painzela, a que o Terras de Basto teve acesso, está já em curso uma segunda fase dos trabalhos, que consiste na remoção de inertes do leito da ribeira na área próxima da ponte.
As restantes tarefas – respondia o técnico municipal à autarquia local, que lhe havia dado conta à câmara da sua apreensão com a demora na reconstrução do imóvel – serão executadas «quando os materiais necessários estiverem disponíveis e a brigada de pedreiros operacional».
O chefe da divisão de obras municipais dizia não recomendar a execução desta reparação – alvo de um relatório da Unidade de Cultura da Comissão de Coordenação Regional – por empreitada, salvo se o fosse por empreiteiro especializado.
Não lhe fazendo referência, mas presumindo-se que os custos desta operação serão suportados pelo seguro da viatura ou pela própria condutora que causou os danos na ponte, o técnico em referência adianta que uma empresa especializada neste tipo de trabalhos – a cantaria em referência desta construção do século XV tem particularidades como os encaixes macho-fêmea – apresentaria «custos em conformidade com a especialização.
De acordo com o processo-base desta intervenção, todas as fases desta obra, com a exceção da limpeza da vegetação espontânea, terão de ser acompanhadas pela Unidade de Cultura da CCDR-N, «o que também condicionará o tempo de execução». [Redação].