Segunda-feira, Setembro 16, 2024
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Como três jovens cabeceirenses levaram “sementes de futuro” a Vila Paula

Beatriz Vilas, Inês Magalhães e Margarida Pires

O Terras de Basto lançou o desafio a três jovens cabeceirenses que ora experimentaram uma missão na localidade angolana de Vila Paula. Beatriz Vilas, Inês Magalhães e Margarida Pires juntaram mãos num teclado e contaram para os nossos leitores a realidade que encontraram e quanto isso lhes dá força para lutar por um mundo melhor. «Somos uns sortudos», assumem.

«Em outubro, foi-nos lançado pelas Irmãs Doroteias o desafio de fazermos uma missão em Angola com as crianças de uma comunidade onde estão presentes. Aceitamos prontamente, uma vez que era um dos objetivos de vida de cada uma de nós.

Ao longo do ano, uma vez por mês, fomos fazendo formações para percebermos qual seria o nosso papel na comunidade e criarmos uma dinâmica de grupo, pois juntamente connosco foram duas brasileiras.

À medida que o tempo foi passando, a ansiedade foi aumentando até que, finalmente, chegou o dia 11 de julho, o dia da nossa partida. Partimos de Lisboa rumo a Luanda e foi quando chegámos lá que tivemos o nosso primeiro impacto da realidade angolana: a confusão do trânsito, as pessoas a tentar vender tudo e mais alguma coisa nas estradas, as casas, o comércio, o lixo nas ruas, o céu de cor alaranjada, os rios poluídos… Um mundo completamente diferente!

Ainda nesse dia, viajámos para o Lubango, o nosso destino final. Chegámos à pequena Vila Paula ao início da noite, onde tivemos uma receção completamente inesperada: as irmãs da comunidade abriram-nos os portões a cantar e a dançar canções de boas-vindas, felizes com a nossa chegada, o que nos emocionou imediatamente.

Seguiu-se o fim-de-semana e tivemos a oportunidade de conhecer as redondezas, visitámos os campos agrícolas que as irmãs cederam às pessoas, vimos as instalações da escola que as crianças com quem íamos estar frequentam, fomos à clínica médica que, apesar de pequena e com poucas condições, tem pacientes que fazem até 30km a pé devido ao bom atendimento, e visitámos também a futura clínica, cuja construção se encontra neste momento parada devido à falta de financiamento.

Ainda nesse momento de visita, fomos brindadas com o nascimento de duas gémeas, mas depressa nos apercebemos de que não seria o primeiro nascimento a que iríamos assistir, pois nascem diariamente muitas crianças naquela clínica.

As condições completamente precárias mexeram muito connosco. Apesar da boa formação dos profissionais, a clínica é pequena e sem recursos suficientes. Apenas numa sala, encontrámos duas angolanas acamadas, que tinham acabado de ter os bebés e, com uma cortina a dividir, a cama de partos. Foi, sem dúvida, das coisas que nos deixaram mais surpreendidas e que é necessário, com mais urgência, mudar!

Chegou o domingo e, no final da eucaristia, fomos apresentadas à comunidade e demos o nosso testemunho, enquanto jovens católicas, na reunião do grupo de jovens. Ainda, nesse dia, levaram-nos a passear à Fenda de Tundavala, um local muito turístico onde encontrámos a tribo dos Mumuilas. Terminámos o dia a planear o nosso “campo de férias”, que se iniciava no dia seguinte.

(…)».

[Se quer continuar a ler este relato na primeira pessoa, encontre o Terras de Basto mais perto de si. Ou então faça uma assinatura do jornal impresso ou em suporte digital: 967 112 566].

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