Joana Costa é psicóloga e escreveu “A Pequena Bolota Que Não Germinou”, «uma história de fins e recomeços, em que o amor e a verdadeira amizade sustentam a vida». Apresenta-a a 20 de setembro (21h00) no Centro Cultural de Celorico de Basto.
P. «Mãe de um bebé que não nasceu». Está exorcizado o facto?
R. Neste momento, está pacificada esta vivência, sabendo sempre que a perda de um bebé dentro do ventre materno é algo com que tem de se lidar toda a vida. O processo de luto é contínuo e vamos revisitando esse amor de diferentes formas ao longo do caminho.
P. A psicóloga ficou mais rica com «um saber de experiência feito»?
R. Sem dúvida que sim! A vivência pessoal agrega um outro tipo de saber. Transformamos o conhecimento em sabedoria através da experiência, se esta for bem integrada em nós! Se nos permitimos viver o processo como seres humanos que somos, de pele e osso, vivenciando a vulnerabilidade inerente à experiência humana e trilhando o nosso processo terapêutico.
P. De Arruda dos Vinhos a Celorico de Basto é longe…
R. Nasci em Arruda dos Vinhos, pois o meu pai era GNR e estava ali destacado. Como os meus pais são oriundos de Celorico de Basto sempre tiveram a pretensão de regressar ao Norte, o que aconteceu quando eu tinha seis anos. Vivi em Fafe até à idade adulta, contudo os fins de semana e férias eram passados em Ribas, terra dos meus avós maternos, para onde fui viver depois de me formar.